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Home Sustentabilidade ESG

O Green Swan e o Papel em Branco na Estratégia ESG

Carlos Costa by Carlos Costa
agosto 11, 2021
in Sustentabilidade ESG
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O Green Swan e o Papel em Branco na Estratégia ESG

O que é o Green Swan nas estratégias de ESG?

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Para falarmos de Green Swan, antes de mais nada, pegue um papel em branco e se prepare em assuntos cujo tema também seja ESG.

Recentemente numa conferência, ouvi o testemunho de uma empresa sobre quando ela começou a pensar em como aplicar a temática ambiental, social e de governança (ESG) em seus negócios. Foi o que me fez pensar que faz todo o sentido quando começamos a traçar novos planos, colocarmos nossas ideias no papel.

Este também é o momento de pensar com intenção de ser uma empresa caminho do Green Swan (Cisne Verde), isto é, uma empresa do século XXI voltada para uma mudança de paradigma em uma economia regenerativa, mas também em como dar os primeiros passos.

Cabe aqui, porém, citar estes dois conceitos:

Índice

  • O que é economia regenerativa?
  • O que é Green Swan (Cisne Verde)?
  • Como começar?

O que é economia regenerativa?

É aquela na qual as necessidades de todas as pessoas são atendidas sem esgotar os recursos do planeta (ou seja, uma economia circular).

O que é Green Swan (Cisne Verde)?

Capa do livro Green Swans de John Elkington
Green Swans, por John Elkington (Fast Company Press, 2020)

 A ideia do cisne verde foi desenvolvida por John Elkington no livro Green Swans – The Coming Boom in Regenerative Capitalism (Fast Company Press, 2020).

Neste conceito, Elkington diz que temos consciência do que acontece a nossa volta e existe a intenção de traçar o caminho para a criação de valor e atingir não só as metas de lucro, mas o que ele chama de metas de RH e do planeta.

Atualmente, muitas empresas ainda pensam que estas ideias são muito idealistas e distantes, mas é esta a realidade que é necessário ter consciência para mudar.

Como começar?

Neste sentido, um primeiro passo pode ser definir o que é mais relevante dentro da estratégia ESG da empresa e trabalhar o propósito juntamente com a visão dos stakeholders.

Em paralelo, dada a profundidade do tema, é normal pedir ajuda de quem sabe para desenvolver o plano.

Na medida em que este tema está adotado internamente, todas as empresas que mostraram ser cases de sucesso definiram suas próprias metas e métricas de acompanhamento para dar visibiliade aos acionistas, funcionários e mercados do que está sendo atingido, acima de tudo, gerando confiança e engajamento dos colaboradores, clientes e sociedade.

A rota está dada, mas é preciso ainda entender se a folha em branco estará alinhada a um propósito e uma genuína vontade de traçar o caminho do “cisne verde”.

Elkington utiliza o termo Cisne Verde (Green Swans) em analogia ao Black Swan, livro de Nassin Taleb, que relaciona o cisne negro ao imprevisto e com alto impacto ou severas consequências ao negócio, que acontece porque não prestamos atenção ao que ocorre em volta.

Anteriormente, em 1994, ele introduziu o conceito de Triple Bottom Line (TBL) que foi a origem da ideia de avaliar a empresa sob o ponto de vista social, ambiental e econômico.

A sigla ESG nada mais é do que uma derivada desta ideia. 

Todavia, Elkington acredita que o TBL acabou gerando diversas plataformas de controle ou de contabilidade (GRI, SASB, TCFD, CDP e outras), necessárias, cabe dizer, mas principalmente voltadas para investidores, credores, compradores e outros stakeholders e que acabam sendo mais prescritivas.

Em outras palavras, o TBL não será suficiente, na visão de Elkington, para conter o chamado “tiroteio contra as bordas do planeta”, causado pelas mudanças climáticas, as perdas de biodiversidade, conversão de terras, acidificação dos oceanos e desigualdade crescente.

“A Green Swan delivers exponential progress in the form of economic, social and environmental wealth creation” – John Elkington

Acima de tudo, Elkington entende que a pandemia nos deu um raio X que nos permitiu enxergar as disfunções da economia global e suas fraturas de um modo que nos deixou vulneráveis.

O Cisne Verde é, em síntese, uma nova mudança de mentalidade que precisa ser incorporada às estratégias, e a folha em branco é o passo inicial do que pode e, intencionalmente, onde se se quer chegar para ter uma empresa alinhada com a perspectiva de uma economia na ótica do “ganha-ganha” para a sociedade e na geração de valor para a empresa.

Esperamos que este artigo tenha elucidado um pouco mais sobre o assunto ESG e economia regenerativa, mas se você ainda ficou com alguma dúvida ou precisa de assessoria nestas questões, entre em contato conosco.

A equipe da Ocean360 está preparada para te ajudar a preencher a sua folha em branco com ideias e iniciativas de preservação do meio ambiente.

Bibliografia

Visão Brasil 2050 (abril 2021)
Turning Black Swans Green by John Elkington (13 de abril de 2020)

Tags: black swaneconomia regenerativaESGestratégia ESGgreen swanSustentabilidade
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Carlos Costa

Carlos Augusto B. Costa é Sócio-proprietário da CBarros Costa Consultoria Ltda. Trabalhou por mais de 30 anos no mercado financeiro em bancos como Lloyds Bank, ABN AMRO Real, Santander e Sumitomo. Nos últimos 13 anos atuou em Trade e Commodity Finance, bem como operações estruturadas de exportação e importação e financiamentos multilaterais.

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