O comércio exterior é diretamente associado a Globalização e a Sustentabilidade, temas relevantes para que empresas viabilizem suas operações de forma eficiente e integrada.
Índice
O que é ESG?
ESG (Environmentl, Social, Governance) é uma metodologia já bastante divulgada para avaliar empresas e investimentos, levando em consideração o impacto socioambiental resultante de sua atuação. Esta caracterização foi mencionada publicamente em 2004 pela ONU. Teve como meta incentivar líderes das principais instituições financeiras para desenvolver diretrizes e sugestões sobre como integrar aspectos ambiental, empresarial e social à análise e gestão de ativos financeiros.
Objetivo principal desta iniciativa foi alterar a mentalidade de buscar lucro a qualquer custo e tem mostrado ao longo do tempo que medir os impactos socioambientais e implementar ações para reduzi-los, gerando impactos positivos resulta em um efeito benéfico para as atividades comerciais. Incluindo as internacionais, onde o nível de exigência é crescente no cumprimento de metas.
Oportunidades em Sustentabilidade / ESG
Em 2019, o relatório mundial do comércio (OMC), mostrava que o Brasil tinha 1,2% em participação nesse mercado de exportações e 1% das importações de mercadorias. Existe, portanto, um bom espaço de crescimento para as trocas comerciais, especialmente se levarmos em conta o potencial competitivo de setores como o agronegócio, commodities etc. Mas para conquistar estes mercados muito disputados e rentáveis é preciso estar qualificado.
Para conseguir acessar estes mercados, é preciso investir em práticas corporativas sustentáveis, tecnologia e inovação, certificações fitossanitárias por exemplo.
Outro fator interessante deste padrão é o termo “People, Planet, Profit” (Pessoas, Planeta, Lucro), desenvolvido por John Elkinton em 1994. Levando em conta o efeito de custo na atividade fim, esta ferramenta foi elaborada para examinar os impactos sociais, ambientais e econômicos de uma determinada empresa em um intervalo de tempo.
É fato que os pequenos e médios empreendedores representam cerca de 30% do PIB e 60% dos empregos totais. Para que esses pequenos e médios empreendedores consigam se estabelecer e evoluir neste mercado, é necessário que definam bem seu foco de atuação pois sustentabilidade é um tema muito abrangente.
É fundamental que a organização, a partir do seu nicho, estipule sua atuação e contribuição trabalhando para influenciar positivamente naquilo em que é sua especialização. Além disto, entidades multilaterais que são importantes fontes de financiamento de projetos já vem exigindo há alguns anos o cumprimento de metas sócio ambientais para liberar os recursos.
Como começar?
Estudar as regras e legislações para exportar e importar é outro item fundamental para que sua empresa esteja em conformidade e para que a busca por certificações exigidas para o seu mercado de atuação seja eficaz.
Faça uma lista das exigências existentes para viabilizar sua operação e entrada neste mercado e execute cada etapa com atenção e cuidado pois trata-se de um mercado extremamente exigente e regulado onde cada detalhe fará toda a diferença para a sua rentabilidade e consequentemente sua competitividade. Para conhecer melhor as ferramentas para exportação, consulte o site e o portal do comércio exterior : Ocean360 e Portal do Comércio Exterior
A exportação é uma das melhores escolas da competitividade pois assume grande relevância para a empresa por ser o caminho mais eficaz de garantia do seu próprio futuro em um ambiente globalizado e fomentando práticas corporativas sustentáveis em toda a sua cadeia de valor, a empresa incentiva o processo de sustentabilidade para outras empresas tornando-as tangíveis, factíveis e com resultados reais, impactando o mercado e o país de origem.
Importante também verificar os 17 temas globais definidos pela ONU com relação ao conceito de sustentabilidade.
Exemplos de sustentabilidade na prática
Um bom exemplo seria a dependência das companhias em relação aos recursos naturais para realização de sua atividade e o efeito no meio ambiente através de emissões e resíduos. Ao se adotar uma gestão ambiental eficiente é possível reduzir os impactos ou manter em padrões aceitáveis. Existe efeito direto também na sobrevivência e vida útil das empresas, influenciando a eficiência no uso de recursos, redução de custos e impacto socioambiental. Novas tecnologias tem surgido para aproveitar e tratar estes resíduos, exemplo de energia renovável e geração de gás em aterros sanitários por exemplo.
Na avaliação da parte social, verifica-se as condições de trabalho, direitos humanos e do consumidor, além de levar em conta a diversidade em cadeias de suprimentos e no trato ético com as partes interessadas. Boas práticas geram frutos positivos com efeito direto na sociedade. Exemplos de grandes companhias ou redes varejistas que são afetadas por eventuais práticas ilegais como uso de trabalho escravo ou condições semelhantes na cadeia de fornecedores. Este é o mundo globalizado, responsabilidade coletiva e atuação mais criteriosa.
Impacto e resultado
Empresas eficientes no quesito ESG proporcionam impacto positivo na criação de valor para o investidor, seguindo e implementando ações regulatórias no processo de conquista de novos mercados, além de atuar diretamente no desenvolvimento das sociedades impactadas pelas suas operações.
Atuação eficiente nos aspectos relacionados a ESG apresentam resultado comprovadamente positivo e tornam as empresas mais competitivas no ambiente global. Pense nisso, todos nós temos responsabilidade direta, seja como empresários e cidadãos, no desenvolvimento econômico e social, criando condições sustentáveis para as próximas gerações.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
Who Care Wins. Connecting Financial Markets to a Changing World. 2004.
John Elkinton. Green Swans. Fast Company Press. 2020.