Risco cambial: entenda o que é
Quando você decide expandir os seus negócios para o exterior, existe a expectativa de se aventurar nesse novo mercado, mas também existem muitos obstáculos que precisarão ser enfrentados para que se atinja o sucesso. Um deles é o risco cambial. Por isso, preparamos esse artigo para esclarecer algumas dúvidas que existem sobre o assunto! Continue lendo e saiba como o risco cambial pode afetar o seu negócio e o que pode ser feito para minimizar esses impactos.
O que é o risco cambial?
Quando as atividades são expandidas para os mercados internacionais, o número de moedas em suas operações também tende a aumentar, expondo seu negócio ao risco cambial, decorrente das variações do câmbio.
Geralmente, esse risco aparece em casos de contratos de compra e venda, ou prestação de serviços, que envolvam moedas estrangeiras, que são assinados, mas o pagamento só acontece depois de um prazo previamente estipulado.
Enquanto esse período é aguardado, ocorrem variações de câmbio e a moeda pode ser valorizada ou desvalorizada. Caso a empresa não adote medidas de proteção, isso pode acarretar prejuízos no momento do pagamento.
Fatores que causam variação no câmbio
Alguns fatores podem criar incerteza, aversão ao risco cambial e flutuações repentinas na taxa de câmbio. Alguns deles são: Instabilidade política, incerteza econômica, dependência de exportações de commodities, fluxos de investimento estrangeiro e especulação cambial.
No caso do Brasil, a moeda experimenta elevadas flutuações em sua taxa de câmbio, muito acima do observado nas moedas de economias desenvolvidas, como por exemplo União Europeia e Reino Unido. Porém, próximo de seus vizinhos latinos.
Além disso, nos últimos anos, a pandemia do COVID-19 também teve um grande impacto na economia brasileira e na taxa de câmbio do Real. A desvalorização da moeda impactou diretamente a inflação e dificultou o acesso a produtos importados, afetando o poder de compra dos brasileiros. Em contrapartida, ajudou nas vendas externas, tornando os produtos brasileiros mais baratos em dólar, por exemplo.
Estratégias de gestão de risco cambial
A partir de estratégias de hedge implementadas, as empresas podem não apenas proteger os recebíveis ou pagamentos contra a volatilidade do mercado, mas também maximizar seu lucro aproveitando a estrutura e os movimentos favoráveis que o mercado de câmbio possibilita.
Em uma estratégia de hedge, existem quatro tipos básicos de derivativos que a constituem: a termo, futuros, opções e swaps. Um contrato de derivativo é um contrato entre duas partes que especifica que uma quantia em dinheiro pode ser trocada em uma data posterior pelo preço fixado hoje. O valor do contrato é derivado da taxa spot atual e de uma taxa a prazo (futura) que leva em consideração o diferencial da taxa de juros entre ambos países que estão envolvidos.
Contrato a termo ou Forward
Um Non-Deliverable Forward (NDF) é um acordo entre duas partes para comprar ou vender um montante acordado (em moeda não conversível), em uma data de vencimento específica e à uma taxa futura definida. No vencimento, a taxa futura é comparada com a taxa de referência desse dia (geralmente a PTAX). A diferença entre a taxa futura pré-acordada e a taxa de referência é liquidada em moeda conversível em sua conta na data de vencimento. Portanto, você pagará ou receberá a diferença. Como em uma transação a termo, os custos de um NDF correspondem ao diferencial de juros entre as duas moedas.
Contrato Futuro
Semelhante a um contrato de NDF, o contrato futuro é um acordo entre duas partes para comprar ou vender um montante acordado (em moeda não conversível), em uma data de vencimento específica e à uma taxa futura definida. No entanto, um contrato de futuros é negociado em bolsas de futuros organizadas e obriga seu comprador (vendedor) a comprar (vender) uma determinada quantia em dinheiro (tamanho do lote) em algum momento no futuro. O risco da contraparte é baixo, uma vez que são negociadas em bolsa, no entanto, tamanhos de contrato rígidos e requisitos de margem diária podem torná-los difíceis de administrar.
Contratos de opção
Uma opção sobre um contrato futuro é o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um contrato futuro específico a um preço específico em ou antes de uma determinada data de vencimento. Existem dois tipos de opções: opções de compra e opções de venda.
Swaps
Um swap é um acordo entre duas contrapartes para trocar instrumentos financeiros, fluxos de caixa ou pagamentos em um determinado momento.
Agora que você conhece mais sobre o risco cambial, esteja atento a como ele pode afetar a sua empresa e aborde essa questão no planejamento estratégico. Assim, será possível definir os melhores caminhos e reduzir os possíveis impactos do risco cambial para a sua empresa, além de protegê-la contra essas variações utilizando a melhor estratégia para você.
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