Como sabemos, a China é uma grande potência na cena do comércio internacional mundial e isso não é diferente para o Brasil. As trocas comerciais com o país asiático responderam por, aproximadamente, 25% de todas as exportações e importações do Brasil com o mundo em 2020, somando USD 102,5 bi.
Ao longo dos últimos 10 anos nossas exportações aumentaram mais de 50% em valores financeiros com a China.
A demanda pelo país de commodities brasileiras, com destaque para a soja e proteínas animais, posiciona o país asiático com 32,3% das exportações brasileiras em 2020, ante uma participação de 28,1% em 2019. Já nas importações, a China ficou com 21,4% de participação em 2020, ante 19,9% em 2019. Neste artigo vamos abordar a pauta das trocas comerciais do Brasil e China, e como estes fluxos podem ser financiados.
Índice
Balança Comercial Brasil-China
O Brasil é um dos celeiros mundiais na produção e exportação de alimentos, tendo a China como um grande parceiro comercial, principalmente nas commodities agrícolas e minerais.

Em 2020 exportamos USD 67,7 bi entre aproximadamente 2.500 itens para a China, e importamos USD 34 bi, sendo este o país que mais compra do Brasil, segundo dados oficiais.

Por outro lado, a mão inversa, as importações da China, ganharam grande relevância nos últimos anos, tendo crescido ainda mais neste momento de pandemia, e em 2020 a China passou a ocupar a primeira posição de importações brasileiras.
Veja na figura abaixo os principais produtos importados e suas devidas participações percentuais no total de importações no ano de 2020.

Canais de financiamento
O fluxo de comércio exterior de um país depende amplamente do acesso ao capital para financiamento dos ciclos de produção, logística e prazos pós-venda.
Na pauta exportadora, como o fluxo do Brasil com a China é dominado pela venda de commodities, deve-se planejar as fontes de recursos para financiar o período pré-embarque, que demanda grande parte do capital de giro do exportador brasileiro, já que as vendas usualmente são realizadas à vista mediante carta de crédito, ou pagamento mediante entrega da mercadoria no porto de origem ou porto de destino.
Para tanto existem algumas formas de financiamento que podem ser planejadas, como as tradicionais linhas de financiamento ACC, NCE e PPE, ofertadas por alguns bancos no Brasil. Maiores detalhes acesse o artigo que fala sobre as linhas de exportação.
Caso as vendas para a China sejam negociadas com pagamento a prazo, há a alternativa de antecipação dos recebíveis via o ACE, desconto de carta de crédito, ou através de plataformas de forfaiting ou factoring internacional.
O Proex Financiamento é uma excelente linha para esta situação, pois oferece uma das taxas mais competitivas do mercado.
Ainda dentro das linhas oferecidas pelo Governo, o BNDEs atende a demanda dos exportadores através do BNDEs Exim pré e pós embarque, operando com empresas de todos os tamanhos.
Já na importação, existe o tradicional Finimp, que oferece taxas competitivas em moeda estrangeira para o importador brasileiro.
Um ponto de atenção e cuidado é a proteção cambial das obrigações futuras contratadas no Finimp, e fazer um hedge da dívida em moeda estrangeira pode ser necessário.
Há a possibilidade também de negociar o pagamento a prazo com o Exportador utilizando uma carta de crédito, ou outros mecanismos que garantam para o Exportador o pagamento da mercadoria, como o Supply Chain Finance.
Caso queira entender melhor este ecossistema, consulte a Ocean360. Contamos com uma equipe de elite que vai melhor direcioná-lo(a) na escolha da ferramenta ideal para o seu negócio.